sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Recife que acolhe


     Foi há poucos meses antes de eu completar seis anos de idade, que mainha resolveu visitar uma tia que morava nessa cidade tão encantadora. Eu, como uma boa caçula que não largava a barra da saia da mãe, fui com ela.

   Foram horas e horas de viajem comendo poeira, meu coração acelerava na mesma velocidade que cavalos correm para a batalha de seus generais, parecia que estava prestes a ganhar na loteria. Para uma garota que nunca havia saído daquela pequena cidade no interior da Paraíba, até a estrada era novidade. Lembro como hoje o dia em que cheguei aqui, em uma Toyota velha, cheia de gente diferente e desconhecida, mas que tinham um desejo em comum: a vontade de chegar.

    Não cheguei a visitar nenhum ponto turístico, mas passei dias maravilhosos aqui. Na tardinha, ficávamos no muro olhando as pessoas passarem e tentando imaginar a história de vida de cada uma, em seus semblantes via a felicidade de morar naquele lugar, que eu achava ser perfeito. Hoje tenho certeza.

     Dizem que quando é pra ser, até os ventos sopram a favor, eu concordo piamente com esse ditado. O vento soprou e mainha decidiu que ficaríamos aqui de vez, eu nem consigo descrever o quão feliz fiquei ao saber disso. Morar em Recife era mais que mudar de cidade, era mudar de vida.

  Ouvir a história de Pernambuco na escola, Cantar “Salve oh teeeerra dos altos coqueeeeiros” e visitar museus nos passeios da escola havia se tornado rotina, eu amava, e isso só me encantava cada vez mais. Hoje, toda manhã bem cedinho, tenho o privilégio de passar pelas ruas do centro do Recife apreciando suas mais belas paisagens, enquanto ouço música em meu fone, transformando tudo em uma única melodia.

    Sou grata a essa cidade por me acolher tão bem, me deixar fazer parte dessa história linda e me presentear com um sotaque tão arretado. Aqui eu descobri o que quero fazer da vida, fiz amigos que vou levar pra sempre e conheci o amor da minha vida. Amo de paixão minha Paraíba e jamais irei esquecê-la, mas confesso é impossível resistir aos encantos mil de Recife.

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Como em qualquer rua, as conversas entre vizinhos, a fofoca ou apenas contemplar a paisagem - seja ela qual for, é comum e sempre bem vindo. Então fica à vontade.