quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Olinda, minha menina.


Falar sobre Olinda pra mim é como tentar expressar o amor que uma mãe tem por um filho, não se acha palavras, só se sente.



  Amar Olinda é uma coisa tão minha, que eu não espero que alguém me entenda. Posso pegar engarrafamento todo santo dia, pra ir pra Universidade ou pra voltar do estágio, podem dizer: “Oxe, Olinda é longe que só, tu deveria morar num lugar mais sociável”, mas Olinda é tão eu, ela É tão minha!

   Sempre me perguntam: “Ô Yasmin, e se teu futuro marido quiser morar em outro lugar?”, eu respondo com a maior precisão do mundo: Eu não caso!”. Como é que eu vou cogitar a possibilidade de viver em um lugar que eu não sentisse esse amor arretado? Como eu iria conseguir criar meus filhos em um lugar diferente do que os meus pais me criaram? Como eu ia conseguir viver em um lugar que eu não conhecesse como a palma da minha mão?

    Se me pedirem pra andar dez minutos de esteira, nos cinco primeiros minutos já vou estar morta. Mas, se me pedirem pra subir as ladeiras de Olinda, vou com tanto prazer que subo devagarzinho, apreciando aquelas casas, tão juntinhas e coloridas, com os moradores na frente delas jogando uma conversa fora, ou deitados na rede da varanda, numa tranquilidade tão bonita e rara de se ver. Fico também naquela expectativa de chegar lá em cima e ver aquela paisagem, que por mais que eu já conheça, nunca me acostumo, sempre parece como na primeira vez. Ah, minha primeira vez (que eu me “entenda” como gente) nas ladeiras, minha curiosidade era tanta, “Caramba, essas ladeiras são tão altas que eu acho que vou conseguir tocar nas nuvens!”. E foi assim que eu me senti quando criança, e é assim que me sinto com meus poucos 19 anos de idade, nas nuvens!

   São tantas as lembranças que tu me traz, minha Olinda, são tantos os momentos me veem a cabeça só em pensar em ti. É acordar às 7h da manhã nas férias, só pra pegar minha bicicleta e andar pela tua Orla, é reunir meus amigos sem nada planejado, pra passar à noite pela tua parte histórica, é ver as tuas ladeiras coloridas, fazendo tu minha Olinda, sorrir no Carnaval.



Minha amada Olinda, como diz teu filho Alceu Valença, 
“Tens a paz dos Mosteiros da Índia!” 

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Como em qualquer rua, as conversas entre vizinhos, a fofoca ou apenas contemplar a paisagem - seja ela qual for, é comum e sempre bem vindo. Então fica à vontade.